"Fizeram uma imagem por ressonância magnética e descobriram que havia quatro manchas de melanoma no meu cérebro", explicou, acrescentando que vai realizar a sua primeira sessão de radioterapia "esta tarde".
Com o avançar do tratamento é provável que se encontre cancro noutras áreas do seu corpo, revelou numa conferência de imprensa em Atlanta, nos Estados Unidos.
O ex-Presidente revelou que quando o cancro no cérebro lhe foi inicialmente diagnosticado, pensou que se estava a aproximar da morte, mas manteve-se tranquilo.
"Sabem, tive uma vida maravilhosa, tenho milhares de amigos, e tive uma existência excitante e aventurosa", afirmou.
Declarou-se "pronto para tudo" e referiu-se à luta que travará com a doença como sendo "uma nova aventura".
Jimmy Carter ocupou a Casa Branca durante apenas um mandato, de 1977 a 1981.
A sua presidência ficou marcada pela contribuição norte-americana para um acordo de paz entre Israel e o Egipto, e pela crise dos reféns no Irão, quando 52 norte-americanos foram mantidos reféns durante 444 dias na embaixada dos Estados Unidos em Teerão, depois do deflagrar no país da Revolução Islâmica.
Depois de abandonar o cargo, o ex-Presidente tem sido extremamente ativo, ajudando na monitorização de eleições e participando em campanhas de direitos humanos através do Centro Carter, que fundou em 1982.
Participou em monitorizações eleitorais no México, Perú, Nicarágua, Venezuela e Timor-Leste, e em 2003 viajou até Cuba para um encontro histórico com o então ainda líder do país, Fidel Castro.
Foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 2002 pelos seus "esforços incansáveis para promover a justiça social e económica".
Lusa/SOL