Golden Generation

Entrevista a José Correia.

É com “enorme satisfação” que José Correia, presidente da PGA Portugal, olha para a atual geração de golfistas nacionais.

“Muita coisa de positivo aconteceu nos últimos três/quatro anos na evolução do golfe em Portugal, e estes jogadores têm um grande potencial e merecem ser apoiados por todos”, diz José Correia, apontando nomes como Ricardo Santos, Filipe Lima, Pedro Figueiredo, Gonçalo Pinto e Ricardo Melo Gouveia.

Em Portugal, continua José Correia, sempre existiu talento, o que mudou foi a estrutura de apoio que melhorou bastante. “Tem sido realizado um bom trabalho, primeiro nos clubes onde os jovens são acompanhados pelo profissional local, depois na Federação através dos programas de alta-competição e seleções e finalmente na PGA onde temos criado oportunidades de competição em Portugal e também em circuitos estrangeiros”, explica, frisando a importância da “competição” na evolução dos golfistas.

“Só com competição, é que os atletas podem crescer”, sublinha.

Mesmo assim, apesar do crescimento, José Correia está consciente que ainda falta muito para fazer, para que o golfe atinge níveis de popularidade de outros países, alguns mesmo sem terem as condições climatéricas de Portugal.

“A evolução em qualquer desporto é feita de forma progressiva”, lembra. Portugal, defende o responsável pela PGA , está numa linha ascendente, que é o reflexo do bom trabalho que tem sido realizado nos últimos anos. “A questão passa por ter mais ‘matéria prima’ disponível, temos que criar mais jogadores, é necessário termos mais jovens a praticar a modalidade, espaços como o do Jamor fazem uma falta enorme em Portugal.“

A ‘chave’ passa por alterar a forma como o golfe é comunicado em Portugal. “Tudo acontece ainda num circuito fechado, e seria ótimo vermos este desporto em programas de televisão onde o target sejam os jovens, porque só assim, mostrando o lado divertido e dinâmico do golfe, é que vamos cativar mais praticantes”.

Mas isto, sem perder de vista os que já existem. “Nós estamos muito atentos à evolução dos jogadores amadores, daí que temos tido a preocupação em abrir os torneios do circuito profissional aos amadores de alta-competição”, explica José Correia, repetindo que a “competição é muito importante”.

 

Artigo escrito por Márcio Berenguer ao abrigo da parceria entre a Revista GOLFE Portugal & Islands com o Jornal SOL.