"Há muitos brasileiros a sofrer, mas juntos vamos sair desta situação. Estamos num ano de travessia e essa travessia vai levar o Brasil a um lugar melhor. Estamos a atualizar as bases da economia e vamos voltar a crescer com todo nosso potencial", afirmou Rousseff, num vídeo de promoção do Partido dos Trabalhadores.
Por seu lado, Lula reconheceu que "a situação não é fácil" mas considerou que o Brasil "é muito grande para estar assustado com uma crise económica, por mais grave que seja".
"Vamos controlar a inflação, gerar emprego e derrotar o pessimismo. Não há dúvidas, o Brasil vai voltar a crescer", assegurou o ex-presidente, que está a ser investigado pelo Ministério Público por suspeitas de tráfico de influências para favorecer a construtora Odebrecht, após ter concluído o seu mandato.
Para o ex-presidente, o país passou por muitas crises, "algumas muito piores que a atual", e o "povo brasileiro sempre soube vencê-las".
"Não tenho a menor dúvida que também venceremos esta", acrescentou.
Os discursos dos dois políticos surgem num momento em que a popularidade de Rousseff e do Governo brasileiro se encontra em mínimos históricos devido ao enorme escândalo de corrupção envolvendo a petrolífera estatal Petrobras e a delicada situação económica do país.
Segundo as projeções oficiais, o Produto Interno Bruto do Partido vai contrair este ano 1,5%, apesar de os analistas de mercados financeiros serem mais pessimistas e preverem uma retração de 2%. A este cenário junta-se o aumento dos índices de desemprego e a subida da inflação, que pode chegar aos dois dígitos no fim do ano.
Lusa/SOL