A principal praça chinesa fechou a cair 8,49%, a maior queda em oito anos. O contágio foi imediato na Ásia: Tóquio caiu 4,6% e Hong Kong 5,17% – mínimos de um e dois anos, respectivamente.
Há momentos, a bolsa de Nova Iorque abriu em queda acentuada. O Dow Jones recuava 6% e o Nasdaq caía mais de 8% na abertura.
Na Europa, e depois de uma manhã em vermelho, a reacção à abertura dos mercados no outro lado do Atlântico veio afundar definitivamente as cotações. Cerca das 14h30, em Lisboa, o PSI20 esteve a cair 8%. Frankfurt e Paris registavam quedas similares.
No centro das preocupações dos investidores está o receio de que os estímulos do Governo chinês não sejam suficientes para travar o arrefecimento da segunda maior economia do mundo. Um crescimento menor da China (que apesar de tudo expandiu 7% no segundo trimestre) penalizaria fortemente economias em todo o mundo, sobretudo as exportadoras de matérias primas – produtores de petróleo como Angola, por exemplo.
Em consequência, o preço do petróleo caiu para mínimos de seis anos (45 dólares o barril de Brent, 40 o barril de referência norte-americano). Já o ouro, em contrapartida, está a valorizar como refúgio para os investidores.