Cerca das 11:05 em Lisboa, o índice Euro Stoxx 50 valorizava 3,49% para 3.180,55 pontos.
Nas principais praças europeias os ganhos oscilavam entre os 3,43% de Atenas e os 2,72% de Lisboa, no dia a seguir à forte quebra das bolsas mundiais, arrastadas pela pior queda de Xangai desde 1996.
A bolsa de Paris avançava 3,34% a meio da manhã, a de Londres subia 2,91%, a de Frankfurt ganhava 3,23%, a de Madrid progredia 2,86% e a de Milão recuperava 3,32%.
A condicionar pela positiva as bolsas na Europa estavam hoje os indicadores relativos à atividade económica da Alemanha, cujo Produto Interno Bruto (PIB) cresceu no segundo trimestre deste ano para 0,4%, face aos três meses anteriores.
Além disso, a confiança empresarial na Alemanha melhorou também em agosto, apesar das expectativas negativas em torno do abrandamento da economia chinesa, segundo o inquérito mensal hoje divulgado pelo instituto Ifo.
Assim, as bolsas na Europa estão hoje a corrigir das fortes quedas registadas na "segunda-feira negra".
A conjugação de indicadores desfavoráveis à atividade da indústria chinesa, as perspetivas de abrandamento da economia do país, a desvalorização do yuan e a queda das matérias-primas, sobretudo do petróleo, levaram a que as bolsas mundiais registassem perdas recorde.
Entretanto, hoje, o Banco Popular da China, banco central, manteve a sua operação de injeção de liquidez no sistema financeiro chinês, para acalmar os mercados e os investidores.
O banco central da China injetou 150.000 milhões de yuan (cerca de 20,3 mil milhões de euros) para aumentar a liquidez do sistema, para estabilizar a bolsa, financiar os bancos e tranquilizar as bolsas.
Esta é a maior intervenção do banco central chinês no sistema financeiro nacional entre as operações realizadas diretamente no mercado desde janeiro do ano passado e supera a injeção de 16,4 mil milhões de euros da semana passada.
A instituição financeira tem feito várias injeções de liquidez nos últimos dois meses para garantir a estabilidade do sistema financeiro do país num período de forte turbulências devido à crise bolsista e após a desvalorização do yuan na semana passada.
Lusa/SOL