Com dois álbuns editados de fraco sucesso comercial, o ‘The Boss’ ainda não o era. Mas à terceira foi de vez, e o nativo mais querido de Nova Jérsia era catapultado para o estrelato mundial.
O parto foi difícil. A editora Columbia tinha apenas assinado Bruce, mas este aparecera em estúdio com a E Street Band, e o clima era de ruptura iminente. Só o single de destaque do álbum, o homónimo Born to Run, tinha demorado meio ano a gravar. “Quando demoras seis meses numa canção, sabes que algo está a correr mal”, recorda o guitarrista Steve Van Zandt à Slate. “Uma canção deve demorar três horas”, diz. A culpa era de Bruce, o perfeccionista: “Queria fazer o melhor álbum de rock’n’roll alguma vez criado”, disse mais tarde.
O esforço compensou. Born To Run foi recebido entusiasticamente pela crítica e integrou ao longo das décadas seguintes várias listas de melhores álbuns rock de sempre. Só nos Estados Unidos, e sem contar com a reedição de 2005, foram vendidas seis milhões de unidades.
O álbum seria o derradeiro pontapé de saída para uma carreira recheada de sucessos: mais de 120 discos vendidos em todo o mundo, 20 prémios Grammy, dois Golden Globes e um Óscar da Academia.
Hoje recordamos Born To Run. Parabéns ao The Boss e à E Street Band.