Com capítulos de troika ou sem eles pelo meio, o trapézio sem rede dos aspirantes dos filmes custa o couro e o cabelo até dos carecas, rouba horas de sono, testa os níveis de perseverança de pequenas equipas num sprint contra o tempo, deposita todas as fés nas boas intenções dos imponderáveis, questiona a sua vocação de cinco em cinco minutos. E volta a fazer tudo de novo, sem garantias de que a arte da princesa chegue para que algum dia o título saia da gaveta, quanto mais aos ecrãs. Não importa. Com paixão todos os anos de vida se ganham, mesmo que se perca a estreia. Mas quanto a isso, continuo a pensar que deviam culpar a protagonista.
O homem da câmara de filmar
Se conhece alguém que tenta partir pedra no cinema está a par da tendência, familiar à engenhosa e paciente habilidade de Xerazade, que desfiava histórias para ganhar dias de vida – ou para adiar um desfecho funesto, consoante o grau de optimismo. Adianto-lhe detalhes com o modesto conhecimento de quem já deu por si em…