Depois de as bolsas terem sofrido perdas de 30% desde meados de junho, Pequim anunciou várias medidas para tentar controlar a situação.
As autoridades acusam um jornalista da revista Caijing de ter colaborado com terceiros para fabricar e espalhar informações falsas sobre o comércio de valores mobiliários e mercados de futuros, anunciou a agência Nova China.
Em comunicado, a revista defendeu o jornalista, Wang Xiaolu, mas confirmou que foi intimado pela polícia.
Segundo a AFP, num artigo publicado em julho, Wang escreveu que a autoridade reguladora de valores mobiliários estudava a possibilidade de uma saída dos fundos públicos do mercado.
A Comissão Chinesa de Regulação dos Mercados Financeiros desmentiu a informação e considerou o artigo "irresponsável", mas no início deste mês, a comissão anunciou que a China Securities Finance Corp. (organismo de intervenção nas bolsas em nome do governo) continuaria a ter um papel durante "vários anos", mas só entraria no mercado em caso de volatilidade, o que foi interpretado como um sinal de menor intervenção governamental nos mercados bolsistas.
Segundo a imprensa, oito pessoas que trabalham na empresa financeira Citic Securities também são suspeitas de operações ilegais, incluindo o diretor-geral, Xu Gang. Há ainda dois outros suspeitos ligados à regulação.
Lusa/SOL