Polícia chinesa interroga 11 pessoas por alegadas operações ilegais na bolsa

A polícia chinesa convocou 11 pessoas, incluindo um jornalista de economia, no âmbito de um inquérito sobre operações ilegais nos mercados bolsistas, noticiaram os ‘media’ estatais.

Depois de as bolsas terem sofrido perdas de 30% desde meados de junho, Pequim anunciou várias medidas para tentar controlar a situação.

As autoridades acusam um jornalista da revista Caijing de ter colaborado com terceiros para fabricar e espalhar informações falsas sobre o comércio de valores mobiliários e mercados de futuros, anunciou a agência Nova China.

Em comunicado, a revista defendeu o jornalista, Wang Xiaolu, mas confirmou que foi intimado pela polícia.

Segundo a AFP, num artigo publicado em julho, Wang escreveu que a autoridade reguladora de valores mobiliários estudava a possibilidade de uma saída dos fundos públicos do mercado.

A Comissão Chinesa de Regulação dos Mercados Financeiros desmentiu a informação e considerou o artigo "irresponsável", mas no início deste mês, a comissão anunciou que a China Securities Finance Corp. (organismo de intervenção nas bolsas em nome do governo) continuaria a ter um papel durante "vários anos", mas só entraria no mercado em caso de volatilidade, o que foi interpretado como um sinal de menor intervenção governamental nos mercados bolsistas.

Segundo a imprensa, oito pessoas que trabalham na empresa financeira Citic Securities também são suspeitas de operações ilegais, incluindo o diretor-geral, Xu Gang. Há ainda dois outros suspeitos ligados à regulação.

Lusa/SOL