As cerca de 1000 toneladas de areia que caíram provocaram unicamente a queda de parte da vedação de um pequeno miradouro instalado no cimo da falésia. Apesar disso, a avaliação realizada pela capitania de Portimão e a Proteção Civil de Albufeira, logo após o alerta ter sido dado pelo concessionário da praia, revela que é seguro frequentar esta praia.
“Foi feita uma avaliação técnica e não foi detetado risco de derrocada iminente, apesar de existir sempre o perigo do desmoronamento natural das arribas”, disse à agência Lusa Sebastião Teixeira, diretor regional do Algarve da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Segundo Sebastião Teixeira, a zona da arriba nascente foi vedada por precaução, "para evitar que as pessoas se aproximem do limite da falésia, e colocada nova sinalização a alertar para o perigo de desmoronamento", contou à Lusa.
O director regional da APA atribuiu o desmoronamento a "questões naturais da erosão". "Não foi a chuva, nem o mar, nem se verificou a ocorrência de qualquer sismo significativo que fizesse prever aquele desfecho", destacou, referindo que a avaliação a que procederam antes da época balnear não detetou quaisquer sinais de derrocada iminente naquela falésia.
Desde o último acidente que matou cinco banhistas, em Agosto de 2009, que as autoridades têm procedido a derrocadas controladas para garantirem a estabilidade das arribas. A autarquia promove todos os anos uma campanha de educação ambiental nas praias do concelho, como forma de alertar para o perigo de derrocadas.
Uma medida que "tem tido um efeito pedagógico importante, já que a grande maioria das pessoas fica afastada das zonas de risco", garantiu à Lusa Leonor Teixeira técnica da proteção civil da Câmara de Albufeira.
"Há poucos veraneantes, principalmente estrangeiros, que ignoram os sinais e os alertas e que se colocam em zonas perigosas", frisou.
Notícia Actualizada às 16h30
*com Lusa