Lloyd Cole iria interpretar temas eletrónicos, feitos com sintetizadores modulares, em Berlim, com Hans-Joachim Roedelius, e em Portugal, com músicos portugueses. No dia 16 estaria no GNRation, em Braga, com Miguel Pedro e António Rafael, e no dia 22 no Maria Matos, em Lisboa, com André Gonçalves, Nuno Moita e Luís Desirat.
"Têm existido problemas técnicos, muitos, mas a raiz do problema é interna e de processo mental", afirma Lloyd Cole num comunicado enviado pelo teatro municipal, explicando que a preparação do espetáculo estava a demorar mais tempo do que o previsto.
"No final, fui incapaz de traduzir este processo num espetáculo ao vivo que pudesse levar em digressão, com múltiplas peças consecutivas de sintetizadores, como tinha originalmente planeado", explicou.
Lloyd Cole tem 54 anos e é um dos nomes do indie pop britânico, que ficou conhecido sobretudo nos anos 1980 com os The Commotions. Depois do fim da banda, em 1989, o músico seguiu uma carreira a solo, entre canções elétricas e acústicas, sem esquecer a discografia antiga.
Agora, apresentaria uma faceta menos conhecida, a da composição de música eletrónica, que mantém também desde a década de 1980, quando comprou o primeiro de vários sintetizadores.
Em entrevista esta semana ao jornal britânico Guardian, Lloyd Cole lamentava-se de ter vendido todos os sintetizadores quando os computadores se impuseram no trabalho de estúdio, e que por isso estava a construir um sintetizador modular, a pensar nos concertos em Berlim e em Portugal.
Atualmente a viver nos Estados Unidos, Lloyd Cole editou o último álbum, "Standards", em 2013.
Este ano foi também feita uma edição completa do trabalho com The Commotions, intitulada "Commotions Collected Recordings 1983-1989".
Lloyd Cole mantém a atuação em Berlim, mas com um perfil diferente, mas cancela as datas em Portugal.
A devolução do dinheiro para quem comprou bilhete deve ser feita junto do GNRation, em Braga, e do Teatro Maria Matos, em Lisboa.
Lusa/SOL