"Concluímos que pelo menos 50 tropas da Amisom [Missão da União Africana na Somália] morreram", indica um comunicado de responsáveis militares ocidentais enviado a diplomatas e ao qual a agência noticiosa francesa AFP teve acesso.
O mesmo comunicado acrescenta que 100 soldados desapareceram após o ataque.
Os islamitas somalis dos 'shebab' ocuparam temporariamente a base ugandesa da missão da Amisom, em Janale, na região somali de Basse-Shabelle, após perpetrarem um atentado com carro armadilhado contra as instalações, informou na terça-feira a força africana.
A força da UA admitiu baixas entre os soldados ugandeses, sem fornecer um balanço imediato, referindo estarem "ainda a avaliar o número de mortos e a extensão dos estragos". Antes, um porta-voz da força tinha precisado que cerca de 150 soldados ugandeses permaneciam na base.
Os 'shebab', filiados na rede terrorista Al-Qaida, reivindicaram o ataque e afirmaram ter infligido pesadas baixas à Amisom nesse novo ataque, o segundo em dois meses contra uma das suas bases do sul da Somália.
A Amisom, atualmente com 22.000 homens, e as forças pró-governamentais somalis expulsaram os 'shebab' de Mogadíscio em 2011 e, em seguida, do conjunto das localidades importantes que controlavam no centro e sul da Somália.
No entanto, os islamitas ainda controlam importantes zonas rurais no sul do país, uma região privada de um verdadeiro Estado central desde o início da década de 1990.
Lusa/SOL