"Mais de 80%" destes migrantes, registados pela guarda costeira, "são refugiados", candidatos a asilo político, sublinhou numa conferência de imprensa, na qual estiveram outros ministros gregos, para anunciar as medidas de resposta a este fluxo migratório do Governo grego.
"Trata-se de uma progressão exponencial, e não sei como é possível preparar-se para isto", acrescentou, numa altura em que as autoridades gregas são criticadas, interna e externamente, pelas falhas na assistência a estas populações.
Este aumento veio confirmar que mais migrantes tentaram entrar na Europa, a partir da Grécia, numa reação à vigilância reforçada na fronteira marítima entre a Líbia e a Itália, decidida pela UE na sequência de uma série de naufrágios ao largo da ilha italiana de Lampedusa, em abril.
Dado o estatuto destes migrantes, "os apelos para que sejam expulsos não podem ser a base, nem uma estratégia, nem uma tática" de resposta, sublinhou Zois.
O ministro Nikos Christidulakis pediu aos gregos que "ofereçam o que puderem para ajudar" estes exilados, na grande maioria sírios.
Em particular, pediu aos armadores que forneçam embarcações como abrigos e para serem transferidos para ilhas do mar Egeu, principais portas de acesso ao país devido à proximidade com as costas turcas.
O Governo pretende atuar para ajudar estas ilhas, onde chegam milhares de migrantes, deixados à sorte, o que "perturba a atividade económica e social" devido ao risco de tensões com os residentes, sublinhou o ministro da Economia, Infraestruturas, Marinha e Turismo grego.
Lusa/SOL