O boletim hoje disponível na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na Internet indica que a situação de seca meteorológica em 31 de agosto (74% do território em seca severa e extrema) é a segunda mais grave dos últimos 70 anos (100% em 2005 e 73% em 2012).
Segundo o índice meteorológico de seca (que tem em conta os dados da quantidade de precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo), a 31 de agosto mantinha-se a situação de seca meteorológica que desde março se tem verificado em todo o território do continente.
“A 31 de agosto, 24% do território estava em situação de seca fraca a moderada e 74% em seca severa e extrema”, é referido no boletim.
Em julho a seca severa e extrema afetava 79% do território continental e 21% estava em seca fraca a moderada.
O IPMA refere que agosto caracterizou-se como um mês quente e seco, tendo o valor médio mensal da temperatura máxima do ar (29,27 graus) sido superior ao normal.
Também a temperatura média do ar (22,34 graus) foi em agosto ligeiramente superior ao valor normal.
De acordo com o instituto, o valor médio da quantidade de precipitação em agosto (6,8 milímetros) foi inferior ao valor médio (13,7 milímetros), classificando-se este mês como seco.
“Os valores da quantidade de precipitação mensal continuam inferiores ao normal (últimos nove meses), pelo que se mantém a situação de seca meteorológica em todo o território do continente”, indica o IPMA.
O valor mais elevado da temperatura máxima foi registado no dia 10 de agosto em Alvega, distrito de Santarém, e Mora, distrito de Portalegre, com 41,5 graus.
No que diz respeito às mínimas, o IPMA indica que a mais baixa foi registada a 14 de agosto nas Penhas Douradas com 4,5 graus Celsius.
O instituto adiantou ainda que o estado do tempo durante o mês de agosto foi condicionado por um anticiclone localizado na região dos Açores ou próximo, estendendo-se por vezes para oeste.
Lusa/SOL