Pessoalmente, embora reconhecendo que afundou a UE num pântano terrível, tendo a simpatizar um bocadinho com ela – por não se adequar a certa linguagem dos liberais que fingem admirá-la, por ser de direita. Falo concretamente, por exemplo, das declarações feitas por ela sobre os mercados, e da necessidade por ela proclamada de os políticos deverem mais subjugá-los (aos ditos mercados) do que deixarem-se subjugar por eles. E claro que, na asneirada europeia, ela foi deixada à solta por um resto da Europa incapaz. E embora acabasse a impor medidas liberais pelo resto do Continente, aplicou no seu País uma política estritamente democrata-cristã (sempre influenciada pelo tribalismo nacionalista dos alemães).
Não acho que se tenha transformado repentinamente em progressista, por causa dos imigrantes árabes. Penso é que percebeu haver vantagem para a Alemanha em deixar entrar 800 mil (tanto para as empresas, que assim têm trabalhadores mais baratos e acessíveis nestes tempos de crescimento interno da economia, como para os trabalhadores alemães, que assim veem facilitado o financiamento da sua Segurança Social). E como sabe que esses 800 mil não resolvem o problema europeu, pressiona os outros Estados da UE a abrirem portas, e serem mais progressistas, mais democratas-cristãos.
Parece-me que ela continua igual: alemã, tribalista, e democrata-cristã q.b.