Depois da morte do pai, Claire assume a gerência e toda a produção passa a ser vendida à Sandeman. Segue-se-lhe o filho Tim que com a sua filha Sophia dá início a um projecto de dinamização. Entretanto, em 1990, o enólogo David Baverstock (actualmente na Herdade do Esporão) desafia-os para começarem a produzir vinho de mesa para além do Porto. A colheita de 1991 foi um sucesso e, hoje, dois terços da produção são já de vinhos de mesa que vão acumulando prémios.
Actualmente com o enólogo Jorge Moreira à frente de todo o processo, Sophia Bergqvist está naturalmente orgulhosa com todo este sucesso, a que se junta um outro, o do enoturismo, que tem para oferecer 14 quartos e suites e ainda duas casas.
Com vinhas que vão desde a beira-rio (condições perfeitas para maturações muito maduras) até aos 400 metros de altitude (vinhos com muita frescura e elegância), fomos provar as novidades e brindámos à bisavó de Sophia que em boa hora decidiu oferecer a quinta como presente de baptismo e de onde hoje saem grandes vinhos.
Começámos pelo branco de 2014, muito cítrico, mineral e boa expressão aromática. Muito agradável. Passámos para o Reserva branco 2014, que se revelou muito complexo e com muita untuosidade, que ganhará ainda mais com uns anos de guarda. O DouRosa tinto 2013, feito com uvas que vêm da parte mais alta da quinta, é um vinho para consumo mais imediato, a evidenciar leveza e frescura. Chegámos ao tinto 2012, aroma complexo, encorpado e a prometer ainda melhores dias com a guarda em garrafa. Grande vinho! E grande é também o Reserva tinto de 2012, com carácter mais opulento, taninos sedosos e muita frescura. Terminámos com o Porto Vintage 2012, que irá envelhecer bem durante muitas décadas, abrindo aromaticamente, mas que já deu gosto beber. Uma pequena frase resume a nossa prova: excelentes vinhos.