O Jornal de Notícias (JN) faz hoje manchete com a notícia "Surto de legionela deixa Norte em alerta" e avança que foram notificados 12 casos e que as autoridades investigam o recente "aumento de doentes".
Em declarações à Lusa feitas hoje de manhã, por escrito, a ARSN esclarece que entre a última semana de julho e até ao dia 03 de setembro, foram notificados 12 casos de doença dos Legionários em pessoas residentes na região de saúde do Norte.
O número é considerado, pela própria ARSN, "superior ao que seria de esperar" e, por isso, está a merecer "uma atenção especial por parte das autoridades de saúde".
Dos 12 casos identificados, e de acordo com a informação epidemiológica disponível, há duas pessoas que estiveram fora do país durante o período provável de ocorrência da infeção.
Os restantes dez casos com a doença dos Legionários ocorreram em pessoas residentes na região do Grande Porto.
"Até à data não se registou a ocorrência de nenhum óbito entre os doentes referidos", assume a ARSN.
Na investigação epidemiológica que está a ser feita, designadamente a hotéis localizados na cidade do Porto, "não indica que os casos atrás referidos estejam associados à frequência de hotéis", refere aquela autoridade.
"A investigação epidemiológica está a ser conduzida de forma a caracterizar os locais e os percursos que os doentes fizeram durante os 14 dias antes do início dos sintomas, de forma a orientar a investigação ambiental" e até ao momento foram efetuadas colheitas de água em alguns equipamentos localizados na região em estudo, mas os resultados preliminares são ainda negativos".
A ARSN informa que a investigação epidemiológica e ambiental está a prosseguir com a colaboração dos serviços de saúde, designadamente hospitais e autoridades de saúde da região.
Em novembro de 2014, um surto de legionela em Vila Franca de Xira causou 12 mortes e infetou 375 pessoas com a bactéria da legionela.
De acordo com o balanço feito na altura, as vítimas mortais tinham entre 43 e 89 anos e eram nove são homens e três mulheres. A taxa de letalidade do surto foi de 3,2%.
O surto teve início a 07 de novembro e foi controlado em duas semanas.
Lusa/SOL