Na primeira entrevista dada após meses de silêncio desde a controversa caçada ao leão no Parque Nacional Hwange, no Zimbabué, o dentista norte-americano disse ao jornal Minneapolis Star Tribune que não tinha ideia de que o felino era uma atração do parque e negou confirmar se irá acatar a decisão do tribunal zimbabueano que exige a sua extradição para aquele país africano.
O advogado de Walter Palmer, presente na entrevista, assegurou que não "havia alegações oficiais de que ele (o dentista) tenha feito algo de errado" ao abater o leão.
Após meses de ausência no trabalho, o médico norte-americano anunciou que regressará esta terça-feira à sua clínica que, durante dias, foi palco de vários protestos contra a atuação do dentista no Zimbabué.
A contestação contra os seus atos estendeu-se às redes sociais.
No dia 28 de setembro, o tribunal de Hwange, perto da reserva onde decorreu a controversa caçada, vai ouvir novamente o organizador do safari, Theo Bronkhorst, caçador profissional zimbabueano.
Segundo a acusação, o proprietário do terreno no qual Cecil foi abatido não tinha quota para abater um leão. De acordo com informações não confirmadas, o animal, que tinha um dispositivo GPS porque era seguido no quadro de um estudo científico, foi atraído para fora da reserva.
As autoridades norte-americanas também abriram um inquérito para investigar o caso.
Lusa/SOL