No encontro o Sumo Pontífice acrescentou: “Nos relatórios quinquenais, pude deduzir, com verdadeira satisfação, que as luzes ultrapassam as sombras: a Igreja que vive em Portugal é uma Igreja serena, guiada pelo bom senso, escutada pela maioria da população e pelas instituições nacionais, embora nem sempre seja seguida a sua voz; o povo português é bom, hospitaleiro, generoso e religioso, ama a paz e quer a justiça”.
Apesar dos elogios, o Papa mostrou-se preocupado com o afastamento dos jovens portugueses e pediu novas medidas para cativar os mais novos. “Não pode deixar de nos preocupar a todos esta debandada da juventude, que tem lugar precisamente na idade em que lhe é dado tomar as rédeas da vida nas suas mãos”, disse, questionando: “Não lhe interessa a oferta, porque não dá resposta às questões e interrogativos que hoje a inquietam? Não será simplesmente porque, há muito, deixou de lhe servir o fato da Primeira Comunhão, e mudou-o?”. E a este propósito sugeriu alterações, nomeadamente que o processo de catequese passe do “modelo escolar ao catecumenal”.
Ou seja que passe, não apenas por “conhecimentos cerebrais”, mas também pelo “encontro pessoal com Jesus Cristo, vivido em dinâmica”. O programa oficial desta viagem de oito dias a Roma iniciou-se com uma missa junto do túmulo de São Pedro, na Basílica de São Pedro, e além das reuniões com o Papa, os bispos terão vários encontros com os responsáveis das congregações e conselhos pontifícios. A última visita “ad Limina’ dos bispos portugueses ocorreu há oito anos, no pontificado de Bento XVI.