Qual o peso do golfe no grupo.
É ainda reduzido. Olhamos para o golfe como olhamos para os casinos, são complementos à nossa atividade. Mas dedicamos muita atenção. Nesta altura, por exemplo, temos cinco campos de golfe no Algarve que já atingiram as 200 mil voltas. O grupo Oceânico tem sete, e praticamente o mesmo número de voltas do que nós, o que revela bem o bom trabalho que nós fazemos. Já na América do Sul, nomeadamente no Brasil, o golfe ainda não é popular, por isso apostamos noutras áreas complementares à hotelaria. É assim em cada destino, adaptamos o nosso crescimento vertical às necessidades e vontades do mercado.
Há margem para investir mais nesta área?
Sim, claro. O golfe é um negócio, e como qualquer negócio tem de ter massa critica. Porquê que o Algarve é tão bom? Porquê que é o principal destino europeu de golfe? Porque são 80 e tal campos e têm massa crítica para rentabilizá-los. Um golfista gosta de diversidade, escolhe um destino que sabe onde numa semana pode experimentar vários campos. A Madeira tem campos maravilhosos, e está no bom caminho.
E no resto do país?
Naturalmente. Se olharmos para o Algarve, por exemplo, vemos que é toda uma economia à volta que vive do golfe. A imobiliária, a renta-a-car, os hotéis e até o pequeno comércio e os restaurantes. O turista de golfe gasta em média 170/200 euros por dia no Algarve, o que é muito bom. Temos excelentes campos, bom clima e estamos numa posição privilegiada em termos geográficos pois o Algarve está a poucas horas de qualquer grande capital europeia.
O Dionísio é também um golfista?
Sim, mas comecei tarde. O meu desporto em jovem era o rugby , que é completamente diferente do golfe. São dois desportos de cavalheiros, mas totalmente diferentes. Eu comecei a jogar quando compramos os campos de golfe. Tinha os professores à mão, os campos e decidi experimentar. Quis que os meus filhos apreendessem a jogar novos, e íamos todos para a aulas juntos. Foi há cerca de 15 anos, e tem sido bom.
Joga com regularidade?
Ultimamente tenho jogado com o meu filho mais novo, o Vasco, que está com a ‘febre’ do golfe, e obriga-me a jogar sábados e domingos. E tem sido fantástico. Sou um jogador social. Não gosto de jogar em torneios, porque ocupa muitas horas. Se jogarmos golfe bem, para termos um handicap baixo, o negócio vai ser prejudicado ou em casa alguém vai sofrer. Mas gosto muito de jogar, especialmente no Verão. Torneios, só se forem de cariz social.
Artigo escrito por Márcio Berenguer ao abrigo da parceria entre a Revista GOLFE Portugal & Islands com o Jornal SOL.