Por estranho que pareça, o presidente Luís Filipe Vieira quis mesmo ver-se livre de JJ, anunciando o início de outro ciclo. Soube-se agora, através de Vítor Baía, que o líder do Benfica chegou a telefonar a Pinto da Costa para se assegurar que este não estaria interessado nos serviços de Jesus. Vieira e o agente Jorge Mendes tinham tudo preparado para mandar JJ ir treinar para o estrangeiro, mas o que o líder das águias não sonhou foi vê-lo atravessar para o outro lado da rua, acreditando que os verde-brancos não tinham capacidade para pagar os chorudos ordenados do técnico.
Mas o que teria levado Vieira a esta tão estranha decisão? Não foi certamente o objectivo de poupança, ainda por cima em quem lhe ia garantindo títulos e formatando futebolistas depois vendidos a peso de ouro. A resposta é outra. O poder de JJ dentro do Benfica já ofuscava a imagem do presidente, que ultimamente não se cansava de apregoar que os títulos se deviam a uma estrutura bem organizada. Uma luta de egos que não fazia prever um final feliz. Para Vieira, o Benfica pode ser campeão com qualquer treinador. A estrutura de que ele tanto fala (e da qual é o principal autor) é que garante os êxitos, independentemente das personalidades.
Veremos se foi a melhor aposta, mas estou em crer que não. O próprio Luís Filipe Vieira já começa a falar em … dores de crescimento.