Papa volta a dizer que quer vir a Portugal em 2017

O Papa Francisco voltou a manifestar a sua vontade de visitar Portugal em 2017, por altura do centenário das aparições de Fátima. Na entrevista que deu à Rádio Renascença, transmitida hoje, o Papa falou de Portugal, da visita que recebeu recentemente dos bispos portugueses, e do que espera do nosso País.

“Eu tenho vontade de ir a Portugal para o centenário. Em 2017 também se cumprem 300 anos do encontro da Imagem da Virgem de Aparecida”, afirmou o chefe da Igreja Católica, lembrando a efeméride que se assinala no Brasil e a promessa que lá deixou de visitar o país nessa altura. “É mais fácil ir a Portugal, porque podemos ir e voltar num só dia, um dia inteiro, ou, quanto muito, ir um dia e meio ou dois dias. Ir ter com a Virgem. A Virgem é mãe, é muito mãe, e a sua presença acompanha o povo de Deus. Por isso, gostaria de ir a Portugal, que é privilegiado”, afirmou.

Aos católicos portugueses, Francisco lembrou que é preciso saber ouvir e acompanhar os jovens, repetindo a imagem que já tinha deixado aos bispos na visita ad limina que fizeram na semana passada ao Vaticano. “Um jovem é inquieto. Não quer que o incomodem e, nesse sentido, pode-se dizer que “o vestido da primeira comunhão não lhes serve”. As crianças, pelo contrário, quando vão comungar, gostam do vestido da primeira comunhão. É uma ilusão. Os jovens têm outras ilusões que, muitas vezes, são muito boas, mas há que respeitar, porque eles mesmos não se entendem, porque estão a mudar, estão a crescer, estão à procura, não é?”

Na entrevista de uma hora que deu à jornalista portuguesa, Aura Miguel, o Papa contou que só esteve em Portugal, de passagem, no aeroporto, a caminho de Roma, mas afirmou ter conhecido vários portugueses, muitos em Buenos Aires, onde viveu e foi bispo durante muitos anos. “E o meu pai tinha um colega de trabalho português. Lembro-me do seu nome, Adelino, bom homem. E uma vez conheci uma senhora portuguesa, com mais de 80 anos, que me deixou boa impressão. Quer dizer, nunca conheci um português mau”, acrescentou.

rita.carvalho@sol.pt