"Há mais de 20 anos que os principais bancos portugueses não se juntavam numa operação de financiamento à RTP", sublinhou Gonçalo Reis, depois da assinatura do contrato de financiamento.
Este contrato "dá-nos um enquadramento financeiro estável", afirmou o presidente do Conselho de Administração da RTP.
Este financiamento será feito em três tranches: 20 milhões de euros a curto prazo, 40 milhões de euros a 10 anos e 20 milhões de euros a 15 anos.
O contrato de financiamento hoje assinado com o consórcio de bancos que junta o BPI, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Montepio e o Novo Banco vai permitir "reconfigurar a estrutura da dívida atual [da RTP] que estava ancorada em linhas de curto prazo e no produto Eurogreen, que tinha risco e volatilidade", disse.
Ou seja, com este financiamento a RTP vai poder liquidar o Eurogreen, eliminando o 'swap'.
O contrato de financiamento assinado tem "condições mais favoráveis" para a RTP, com 'spreads' mais baixos, diminuindo os custos financeiros.
Para Gonçalo Reis, o novo contrato de financiamento traz mais "previsibilidade" à empresa.
"Vai melhorar as nossas condições de financiamento, dá um horizonte temporal de enorme tranquilidade para uma empresa como esta", salientou o gestor.
O presidente da RTP destacou ainda a "credibilização" da RTP junto da banca.
"Significa que o sistema bancário, os principais bancos acreditam no modelo da RTP, valorizam a gestão da RTP e estão confortáveis com a nossa estrutura de receitas e de custos", concluiu.
Em meados de junho, Gonçalo Reis tinha afirmado que a RTP tinha uma proposta de um consórcio de quatro bancos portugueses para reconfigurar a dívida bancária da empresa em moldes mais atrativos, e que tal estava em análise pelo IGCP — Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.
Lusa/SOL