V Torneio Circuito Liberty Seguros – Tomás Silva revalida em Tróia | Susana Ribeiro soma 3º Titulo

Os Campeões Nacionais Amadores obtiveram vitórias renhidas em Tróia

Os campeões nacionais amadores de 2015, Susana Ribeiro e Tomás Silva, conquistaram os títulos do 5º torneio do Circuito Liberty Seguros, o mais importante da Federação Portuguesa de Golfe para amadores de alta competição, realizado no Troia Golf.

Para Susana Ribeiro, de 25 anos, foi o 3º título do ano neste circuito, o 4º se lhe juntarmos o do Campeonato Nacional Peugeot, exercendo um domínio avassalador em provas a contar para o Ranking Nacional BPI/FPG, onde é a 1ª destacada.

Quanto a Tomás Silva, de 22 anos, revalidou o título conquistado há um ano no mesmo campo, mas é apenas o seu 1º do ano neste circuito, o 2º se contarmos com o Campeonato Nacional Peugeot.

As duas vitórias foram alcançadas após muita luta com os seus principais rivais de 2015, Leonor Bessa e Vítor Lopes.

 

Leonor Bessa liderou até ao penúltimo buraco

Susana Ribeiro somou 148 pancadas, 4 acima do Par do Troia Golf, após voltas de 72 e 76, e bateu por 1 única pancada a campeã nacional de sub-18, Leonor Bessa, que assinou cartões de 76 e 73.

Leonor Bessa esteve a liderar por 1 pancada até ao penúltimo buraco, altura em que cometeu 1 bogey, enquanto Susana Ribeiro arrancou um birdie nesse Par-3. O birdie de Bessa no 18 já não foi suficiente para impedir o triunfo da sua companheira de esquipa do Club de Golf de Miramar.

O torneio feminino contou com 8 jogadoras e marcou o regresso ao circuito principal da FPG da antiga campeã nacional, Lara Vieira – agora advogada de profissão – que terminou no 3º lugar a apenas 3 pancadas da vencedora. A campeã deste torneio de Troia no ano passado, Joana Silveira, foi 4ª, a 7 ‘shots’ de Susana Ribeiro.

«Foi uma vitória sofrida confesso. As coisas estavam empatadas no buraco 16 e só graças ao birdie que fiz no 17 (depois de sofrer 1 bogey no 16) é que consegui ir com uma margem de duas pancadas para o último buraco», admitiu Susana Ribeiro.

 

Vítor Lopes com birdie no último buraco para ir a play-off

E se no torneio feminino tudo se decidiu por 1 pancada ao cabo dos 36 buracos regulamentares, no masculino o equilíbrio foi ainda maior e só ao 2º buraco de play-off Tomás Silva (com duas voltas de 72) revalidou o título, depois de ter empatado com Vítor Lopes (76+68), com 144 pancadas, a Par do campo.

E atenção que o algarvio, que efetuou a melhor volta do torneio, precisou de 1 birdie no último buraco para ir a play-off! Uma grande volta em 68 pancadas, 4 abaixo do Par, mas que não pode ser considerada extraordinária, dado que, este ano, no Circuito Liberty Seguros, foi o seu segundo cartão de 68 e até já apresentou um de 67.

São os dois maiores rivais do golfe amador português na atualidade. No ano passado, partilharam os Majors nacionais, com Tomás a triunfar no Campeonato Nacional Peugeot e Vítor a levar a melhor na Taça da FPG/BPI. Já este ano, sagraram-se campeão e vice-campeão nacionais e há um ano, no campo de Troia, já tinham decidido o título entre si.

No play-off, disputado no buraco 18, ambos fizeram birdie no primeiro. No segundo buraco ambos saíram mal, mas o segundo “shot” de Tomás Silva fez toda a diferença para lhe dar o título.

O torneio masculino teve 32 participantes e o 3º classificado foi Tomás Bessa, a 4 pancadas de distância.

 

Declarações de Tomás Silva

«Foi uma vitória especial por várias razões. Primeiro porque estive a semana toda a fazer fisioterapia às costas e a um braço, devido a uma lesão que contraí a treinar. Segundo porque foi num campo que adoro e que esteve ao nível da competição, apresentando-se em excelentes condições. Depois porque tive o prazer de ter o meu pai comigo no fim de semana como caddie. Por fim porque joguei "contra" um dos melhores jogadores da atualidade, o Vítor.

«Durante o dia senti-me muito bem, confiante e tranquilo em campo. Sabia que quem tinha que arriscar seriam os meus adversários (pela vantagem de 2 pancadas com que partiu para os últimos 18 buracos) e eu limitei-me a controlar o jogo e a fazer pares. Nos primeiros nove buracos (da última volta) fiz -2 e nos segundos nove senti que perdi um bocadinho do ritmo do swing e dei alguns shots menos bons. No play-off sabia que seria uma questão de nervo e um bocadinho de sorte. Felizmente a vitória foi minha. Mas aproveito para felicitar o Vítor que fez uma grande volta de golfe».

Artigo escrito por Hugo Ribeiro ao abrigo da parceria entre a Federação Portuguesa de Golfe com o Jornal SOL.