A equipa, do Instituto Max Planck para a Ornitologia, publicou os resultados do estudo na revista PLOS Biology, tendo reunido para a experiência um conjunto de 160 aves (metade de cada género) numa espécie de sessão de speed dating (encontro rápido para seleção do parceiro). Deixaram que 20 fêmeas escolhessem livremente outros tantos machos. Esses pares formaram-se então rapidamente, tendo os cientistas libertado metade deles para seguirem em ‘lua-de-mel’ na natureza.
Os outros dez foram então sujeitos à experiência-chave de todo o estudo: os cientistas separam-nos e obrigaram-nos, em ambiente controlado, a juntarem-se e a procriarem com outros parceiros que não eram da sua escolha. Resultado: apenas 37% dos ovos dos pares unidos ‘à força’ tinham sido fertilizados e deram origem a crias saudáveis. Apesar de procriarem, as cópulas entre os ‘casais’ eram muito menos frequentes dos que se juntavam por opção, principalmente por reação da fêmea, mais arredia aos avanços do macho.
Os autores concluíram que o gosto dos mandarins nesta matéria é muito variável e que eles escolhem parceiros que lhes parecem estimulantes de uma forma pouco evidente para o observador. E dessa escolha depende a reprodução da espécie. As semelhanças com os seres humanos, assegura o grupo, são muitas…