Em recomendações divulgadas esta semana, os especialistas explicam que o hábito de tomar uma aspirina é especialmente benéfico em pessoas com mais de 50 anos. Já acima dos 60, quando o efeito do comprimido revela menos vantagens, deverá ser o médico assistente a decidir caso a caso se o paciente precisa ou não de tomar.
Este tratamento deve ser aconselhado a pessoas que tenham pelo menos 10% de risco de ataque cardíaco ou AVC nos próximos 10 anos, com excepção para os pacientes com patologias que comportem risco de hemorragia.
A aspirina faz com que o sangue seja menos espesso e até agora já era administrada a pessoas que sobreviveram a AVC e ataques cardíacos.
Este comprimido pode ainda ajudar o corpo a lutar contra o cancro quando combinado com imunoterapias, que suprime a molécula que deixa os tumores atacarem o sistema imunitário, conclui ainda outra investigação.
As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal. “Além da idade e da história familiar, a hipertensão arterial, a diabetes, o colesterol elevado, o tabagismo e o excesso de peso são fatores de risco a ter em conta. Quanto maior for o número destes fatores de risco na mesma pessoa, maior será o risco de desenvolver doenças cardiovasculares”, afirma o cardiologista Severo Torres, Coordenador da Unidade de Cardiologia do Hospital Lusíadas Porto.
Para prevenir as doenças cardiovasculares, o cardiologista deixa mais alguns conselhos: “fazer cinco refeições por dia, privilegiando o consumo de vegetais, fruta, cereais e peixe, beber água, evitar alimentos salgados ou ricos em gorduras e açúcares, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e o tabaco. É também essencial dormir entre seis a oito horas por dia, praticar regularmente exercício físico moderado, pelo menos três vezes por semana, e, consoante as aptidões de cada um, desenvolver atividades de lazer, como a leitura, jardinagem, meditação, dança, desde que estas contribuam para combater o stresse do quotidiano”.
Os sintomas mais frequentes das doenças cardiovasculares incluem dor no peito, falta de ar, tosse seca, fadiga, tonturas, desmaio, alterações dos batimentos cardíacos e edemas das pernas e pés.