No final do último mês, o desemprego, relativo a pessoas sem emprego, "imediatamente disponíveis para trabalhar e com capacidade de trabalho", afetava 536.581 indivíduos, menos 87.649 do que há um ano.
O documento do IEFP, designado "Informação Mensal do Mercado de Emprego", é de natureza estatística, pelo que não explica as variações ocorridas.
O IEFP, porém, especifica que a diminuição do número de inscritos nos centros de emprego foi generalizada nos setores da economia: primário (5,5%), secundário (20,2%) e terciário (13,2%).
De forma ainda mais pormenorizada, adianta-se que "as descidas percentuais mais acentuadas verificaram-se na 'fabricação de outros produtos minerais não metálicos' (24,8%), 'construção' (32,2%) 'transportes e armazenagem' (23,1%) e 'fabrico de equipamento informático, elétrico, máquinas e equipamento (22,6%)".
Regionalmente, a descida homóloga no desemprego registado foi mais forte no Algarve (20,6%, para 15.761), seguida por Lisboa e Vale do Tejo (17,2%, para 155.977) e Norte, onde a descida em 12,5%, para 235.743, o que não impediu que continue a ser a região com mais desemprego registado em Portugal.
Aquela redução homóloga geral em 14%, desdobrada por género, foi mais forte nos homens (14,9%, para 252.227), do que nas mulheres (13,3%, para 284.354).
Dos desempregados registados, 88,2% têm mais de 25 anos, sendo que 88,9% procuram um novo emprego.
Por nível de instrução, os escalões mais representados são os que têm o ensino secundário (23,7%) e o 1.º ciclo (21,2%). Excluindo os que não têm nenhum nível de instrução (31.138, equivalentes a 5,8%) são os licenciados os que sofrem menos esta situação, com 13,9% do universo, num total de 74.663.
Lusa/SOL