Foi um destes dispositivos que testamos: o Urbane da sul coreana LG.
A marca tem vindo a apostar em dispositivos de topo e a prova disso são os mais recentes smartphones. Essa aposta chega agora aos relógios.
Já havia mostrado o seu Watch R, o modelo mais desportivo, e agora dá o passo seguinte e desvenda algo mais formal e elegante.
Neste modelo a LG não se fez rogada, recorrendo à pele verdadeira para a bracelete e ao aço inox (disponível em prateado e dourado) para a caixa. Por um lado temos o toque elegante e suave da pele genuína e por outro o metal que nos dá a robustez e aspecto ‘másculo’ ao relógio. Não é para todos os pulsos nem apreciado por todos, mas é muito bem recebido na generalidade e ninguém lhe fica indiferente. Conquista-nos o seu aspecto, capaz de confundir os mais distraídos e, em vez de uma imagem exuberante ou futurista, assemelha-se a um relógio comum, mas acrescido de diversas e novas funcionalidades.
A caixa é adornada com uma zona polida no topo que resguarda o ecrã P-OLED de 1,3 polegadas. É o primeiro ponto de realce graças às cores ou detalhes exibidos. Seja em modo relógio, onde o utilizador pode personalizar o mostrador com ponteiros clássicos, desportivos ou mistos, ou nas aplicações tudo é perceptível, mesmo sob a luz solar. O aproveitamento total do tamanho do ecrã é um ponto positivo, sem margens ou limites mortos. Também a sensibilidade ao toque e a fluidez, não foram desprezadas.
Essa experiência com o Urbane é possível graças ao sistema Android Wear, que necessita do emparelhamento via Bluetooth com o smartphone Android na versão 4.4 (KitKat) ou superior. Possui uma exigência, a aplicação Android Wear, bastando instalá-la no smartphone para ficarmos habilitados a registos, configurações e notificações do relógio. E se no smartphone controlamos tudo, no relógio passamos a dispor de acesso à lista de contactos, aplicações, mensagens e mails ou atender chamadas.
Sobre o desempenho, apesar deste Urbane ‘trazer’ muito do seu irmão G Watch, porta-se à altura das exigências nas aplicações. E tudo devido ao já comprovado processador quad-core Snapdragon 400 da 1,2 GHz, 4 GB de armazenamento interno, 512 MB de RAM. A bateria possui 410 mAh, e conseguimos utilizar entre dia e meio a dois dias inteiros, que não é pouco mas não permite distracções ou esquecimentos. O carregamento é exclusivo à dock, uma base de encaixe com conectores directos ao relógio. Cabe no bolso…mas penso ser algo que as marcas têm de repensar.
Juntam-se outros atributos indispensáveis nestes dispositivos, como o sensor de impressões digitais, a resistência à água e ao pó (IP67) ou o wifi. Este último acrescenta conectividade e possibilidades inatingíveis pelo bluetooth, mais limitado em termos de alcance. Podemos estar em qualquer divisão doméstica, permanentemente ligados, não perdendo qualquer notificação.
Resumindo, este é certamente um boa opção para quem não dispensa o relógio, mas com outras vantagens. Acrescenta funcionalidades a um acessório do dia a dia, possibilitando a capacidade para atender ou rejeitar uma chamada, ler ou enviar uma mensagem rápida, receber um e-mail, entre tantas outras notificações e sem necessitar de retirar o smartphone do bolso. Está tudo no seu pulso.
