A IASIST, multinacional de origem espanhola, anunciou hoje os vencedores dos prémios aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde que mais se distinguiram em 2014, galardões que são atribuídos pelo segundo ano consecutivo em Portugal.
Neste "Top 5 — A Excelência dos Hospitais — que conta com o patrocínio do ministro da Saúde, foram submetidos voluntariamente a avaliação 39 hospitais de Portugal Continental, sendo atribuídos cinco prémios, um por cada tipologia de unidade de acordo com os critérios definidos por organismos públicos.
Na segunda-feira ao fim do dia foi divulgado um outro 'ranking' de hospitais públicos onde o Hospital de São João, no Porto, surge na liderança, sendo seguido neste "top" pelo Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
De acordo com os resultados provisórios da "Avaliação do Desempenho dos Hospitais Públicos (Internamento) em Portugal Continental (2014)", coordenado pelo investigador Carlos Costa, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), e disponível no site da instituição, O Hospital de São João repete a liderança em relação ao ano anterior.
Para o ministro da Saúde, a divulgação de 'rankings' e resultados dos hospitais é "importante para os doentes e para o sistema", além de dar às unidades de saúde "possibilidades concretas de melhoria".
"Temos um conjunto de avaliação de hospitais de acordo com diferentes critérios. Acreditamos que este escrutínio que é feito, ao compararem hospitais e indicarem possibilidades concretas de melhoria, é positivo para os hospitais e para os doentes. É importante os doentes terem uma informação cada vez maior sobre o desempenho dos seus hospitais nas diferentes áreas", afirmou o ministro Paulo Macedo no final da cerimónia da entrega dos prémios "Top 5 — A Excelência dos Hospitais".
Na opinião do ministro da Saúde, os resultados hoje apresentados mostram que os hospitais "melhoraram nos últimos 10 anos e nos últimos quatro anos".
"Há mais camas de agudos e de continuados, há mais consultas, há mais cirurgias e há melhores resultados clínicos", resumiu.
Contudo, numa análise hoje apresentada pela empresa IASIST, aumentou de 2013 para 2014 o número de internamentos não programados na generalidade dos grupos hospitalares analisados.
Manuel Delgado, diretor-geral da empresa que analisou o desempenho hospitalar, admitiu que o aumento de admissões nas urgências "não é o desejável".
Já para o ministro da Saúde, este aumento dos episódios de urgência com quadro de gravidade é explicado pela "vulnerabilidade" da população, nomeadamente em termos etários.
"Nós sabemos que temos pessoas mais vulneráveis que chegam às urgências, porque temos pessoas mais idosas e em outras condições de vulnerabilidade que não apenas da idade. O que obriga a um maior tempo de observação e maior número de internamento. Apesar de tudo vendo os grandes números, entre 2008 e 2014 o número de urgências decresce ligeiramente", comentou Paulo Macedo aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega dos prémios.
Lusa/SOL