“A nossa revolução passa pela ternura, pela alegria que se faz sempre proximidade, que se faz sempre compaixão – que não é pena, é ‘padecer com’ – e leva a envolver-nos, para servir, na vida dos outros”, afirmou o chefe da Igreja Católica. Perante a virgem padroeira de Cuba, Francisco lembrou as “dores e privações” vividas pelos cubanos ao longo da História mas salientou que a Igreja Católica sobreviveu no meio destas dificuldades, “graças a tantas avós que continuaram a tornar possível, na vida diária do lar, a presença viva de Deus”.
Falando aos católicos no local onde se presta culto à padroeira do país, o Papa afirmou ainda que a fé ajuda a “ir ao encontro dos outros para partilhar alegrias e sofrimentos, esperanças e frustrações”.
Sobre a inserção da Igreja Católica na vida da comunidade cubana, o Papa foi claro, dizendo: “Queremos ser uma Igreja que saiba acompanhar todas as situações difíceis da nossa gente, comprometidos com a vida, a cultura, a sociedade, não nos escondendo mas caminhando com os nossos irmãos”.
Depois desta visita a Cuba, onde se encontrou também com Fidel Castro, Francisco seguiu esta tarde para os Estados Unidos onde estará durante seis dias. Além de participar no Encontro Mundial das Famílias, o líder católico irá discursar nas Nações Unidas e reunir-se-á com Barack Obama. É sabido que, ao longo dos últimos meses, o Vaticano desenvolveu vários esforços no sentido de ajudar à reconciliação entre Cuba e os Estados Unidos, tendo contribuído para o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.