Mas Crato tem sido agora um exemplo da reviravolta eleitoral milagreira – talvez recebendo instruções superiores, mas cumprindo-as mesmo. Primeiro foi o início do ano escolar, com atraso (que os alunos lhe devem agradecer), mas com muito menos confusões do que as que ele vinha habituando o Pais durante todo mo seu mandato anterior (talvez ainda estoirem, mas só depois do dia das eleições).
E agora até o ensino artístico, que tinha sido deixado seco de financiamento, depois de uns protestos do setor, viu ser-lhe dado sem discussões adicionais mais 4 milhões de euros. E Crato até se propõe negociar a aplicação do dinheiro com associações do setor – contrariando o seu feitio, o seu costume, e provavelmente as suas convicções. Diz ele até – imagine-se! – que ouviu os protestos. Depreendendo nós que neste momento dá razão a todos os protestos, independentemente das razões que lhes assistam, ou que ele lhes reconheça.