Em comunicado, o patrão da Volkswagen desde 2007 afirma estar “chocado com o que aconteceu nos últimos dias”, afirmando-se supreendido com o nível de gravidade da “má conduta no Grupo Volkswagen”.
“Como CEO, assumo a responsabilidade pelas irregularidades que foram encontradas nos motores diesel”, continua Winterkorn, “pelo que pedi ao Conselho de Supervisão que aceite a minha saída”.
Segundo o patrão do gigante alemão dos automóveis, que ainda há uns meses ganhou uma guerra de poder com o chairman Ferdinand Piech, a decisão tem em conta “os interesses da empresa’. No entanto garante que não reconhece quaisquer erros da sua parte.
Segundo Winterkorn, “a Volkswagen precisa se um novo começo, também em termos de gestão”, continuando o comunicado a dizer que com o seu afastamento está a “abrir o caminho”.
Sempre me guiei pelo desejo de servir a empresa, especialmente os clientes e funcionários. A Volkswagen tem sido, é e continuará a ser a minha vida”, escreve ainda Winterkorn, gestor de 68 anos.
Quanto à investigação em curso – iniciada com a notícia de que 482 mil carros da VW e da Audi nos EUA tinham as emissões poluentes falseadas, número que passou depois para 11 milhões em todo o mundo –, o CEO refere que “o processo de clarificação e transparência deve continuar”.
“Esta é a única forma de ganhar de novo a confiança. Estou convencido que o Grupo Volkswagen e a sua equipa vai ultrapassar esta grave crise, termina Martin Winterkorn.