“Dada a taxa de crescimento que tivemos até agora, a data em que teremos de começar a pensar sobre isso [a construção de um novo aeroporto] está provavelmente mais perto do que pensávamos”, revelou ontem o presidente executivo da Vinci, Xavier Huillard, à margem da conferência Internacional Summit of Business Think Tanks, em Lisboa, citado pelo Jornal de Negócios.
“Começámos a discussão com o nosso senhorio, o Governo, e temos tempo”, acrescentou sem querer adiantar mais detalhes sobre o processo.
Assegurando ser “impossível” detalhar em que ano será necessário um novo aeroporto, frisou apenas saber que, no curso dos 50 anos da concessão, “em algum momento teríamos de pensar e negociar um novo aeroporto”.
A infraestrutura aeroportuária da capital recebeu, em 2014, mais de 18 milhões de passageiros. E a expectativa é que este indicador continue a aumentar.
O contrato de concessão entre a empresa francesa e o Estado português, assinado em dezembro de 2012, estipula que a Vinci tem de iniciar conversações com o Governo sobre as soluções a adotar para aumentar a capacidade aeroportuária na região de Lisboa quando se atingirem os 22 milhões de passageiros.
Segundo as estimativas iniciais, esse volume seria atingido em 2025, mas a evolução acima do esperado poderá a antecipar o calendário e obrigar a Vinci a investir num novo aeroporto mais cedo do que o previsto, tal como o SOL já noticiou.
Nos últimos meses, o Governo e a gestora aeroportuária têm trabalho na possibilidade de transformar a base aérea do Montijo num aeroporto complementar à operação na Portela. Mas, a avaliar pelas declarações de Xavier Huillard, a Vinci já está a pensar num novo aeroporto da capital.