Ministro saudita atribui debandada a falta de disciplina de peregrinos

O ministro da Saúde saudita atribuiu a debandada que causou hoje mais de 700 mortos em Mina, perto de Meca, à falta de disciplina dos peregrinos, que têm tendência, segundo ele, para ignorar as instruções dos responsáveis da peregrinação. 

"Se os peregrinos tivessem seguido as indicações, teríamos podido evitar este género de acidente", declarou Khaled al-Faleh à televisão pública El-Ekhbariya, depois de se ter deslocado ao local da tragédia, a pior a enlutar a peregrinação anual muçulmana nos últimos 25 anos. 

"Numerosos peregrinos movimentam-se sem respeitar os horários" determinados pelos responsáveis da gestão dos ritos, disse o ministro, adiantando ser essa "a razão principal deste tipo de incidente". 

Al-Faleh referiu que os seus serviços estão mobilizados para socorrer e tratar os feridos e prometeu uma investigação ao sucedido "rápida e transparente".

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Segundo o último balanço divulgado pela Proteção Civil da Arábia Saudita, 717 pessoas morreram e 805 ficaram feridas na debandada. Um choque entre duas marés humanas, uma que abandonava e outra que se aproximava do local do apedrejamento simbólico de Satanás.

O Irão, que perdeu 43 cidadãos na debandada, atribuiu a tragédia a falhas no dispositivo de segurança saudita.

O ritual do 'hajj' está entre os cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos deverão realizar a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.

Lusa/SOL