A última edição foi em 2008, pelo que houve necessidade de esperar pelo momento certo. “De facto, as graves recessões de 2009 e 2012, que afectaram gravemente o sector automóvel, levaram a que durante sete anos não se realizasse qualquer evento deste tipo em Lisboa”, afirmou ao SOL Hélder Pedro, secretário geral da ACAP (Associação Automóvel de Portugal).
O regresso das exposições de carros é feito com ‘pezinhos de lã’. O salão de Lisboa não está inscrito no calendário internacional, decorrendo até na mesma altura que o Salão de Tóquio, um dos maiores a nível mundial. Hélder Pedro disse que “neste momento não é uma prioridade regressar ao calendário. Aliás, após a grave crise internacional, vários países reviram a sua estratégia de realização de salões automóveis e Portugal não foge à regra”. Além disso, a ACAP continua a estar presente regularmente nas reuniões da OICA, a entidade que define o calendário mundial de salões.
No entanto, estão definidos dois pavilhões na FIL, no Parque das Nações, para o Salão Automóvel e do Veículo Ecológico (eram quatro em 2008), e a lotação de 16 mil metros quadrados está esgotada. “Pela primeira vez estarão presentes marcas que representam 95% do mercado em Portugal”, sublinhou o secretário geral da ACAP.
Por outro lado, a exposição de carros estará a cargo de concessionários, pelo que os visitantes poderão comprar veículos diretamente no Salão. E no exterior, entre os pavilhões, haverá uma exposição de veículos comerciais ligeiros.
Hélder Pedro acredita também que, apesar de o foco estar nos carros e gamas já disponíveis no mercado, poderão estar no Salão “vários protótipos, assim como apresentações nacionais”. Os bilhetes para o evento já estão à venda e custam 6 euros.
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