Esta taxa de participação de hoje (dados às 17:00 hora de Lisboa) é 6,84 pontos percentuais mais alta que nas anteriores eleições autonómicas da região, em novembro de 2012, quando à mesma hora era de 56,30%.
Os dados constam da página oficial do Governo regional (Generalitat) na Internet e antecedem uma conferência de imprensa da conselheira de Gobernação, Meritxell Borràs.
Por províncias catalãs, a que está ter mais participação é a de Girona, com 65,49% de todos os eleitores registados, ou seja um aumento de 6,35 pontos percentuais face a 2012.
Segue-se a região de Barcelona, com 63,16% (mais 6,59 pontos que em 2012). A demarcação de Tarragona (historicamente associada aos partidos que agora não estão pela via independentista) é a que mais sobe, 9,62 pontos percentuais, para um total de 62,58%. A de Lleida tem uma taxa de 60,51%, com um aumento de 7,39%.
Em teoria, os catalães apenas vão escolher hoje – numas eleições antecipadas em cerca de 13 meses pelo atual presidente e líder da principal fação independentista, Artur Mas – a composição do novo Governo regional.
No entanto, a plataforma Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) – que junta o partido de Artur Mas, a Convergencia Democratica de Catalunya (CDC), a Esquerra Republicana Catalana (ERC) e vários movimentos cívicos – considera que as eleições constituem um "plebiscito" sobre a independência da região.
Os dirigentes da Junts afirmam que, caso obtenham a maioria absoluta no parlamento (pelo menos 68 deputados regionais) inicia um processo de negociações com Espanha, a União Europeia e os Estados-membros com vista à independência da Catalunha, no prazo de 18 meses. As outras forças políticas, com exceção da esquerda radical CUP, estão contra esta via.
Quase 5,5 milhões de eleitores catalães vão hoje às urnas para escolher os deputados ao parlamento regional da Catalunha, numas eleições autonómicas convertidas pelos partidos independentistas num "referendo de facto" sobre a independência ou não da região.
Os partidos que não defendem uma declaração de independência consideram que uma participação maior os irá favorecer, assumindo que a mobilização pelo "Sim" já tem pouca margem para crescer face a 2012, pelo que o aumento de hoje – no entender destas formações – se deve à mobilização contra a declaração unilateral de independência.
Lusa/SOL
