"Penso que os iranianos têm coisas melhores para fazer do que explorar politicamente uma tragédia que atingiu as pessoas que realizavam os seus ritos religiosos mais sagrados", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Adel al-Jubeir, durante um encontro com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, em Nova Iorque.
Horas antes, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente iraniano, Hassan Rohani, tinha exigido uma investigação sobre a debandada trágica ocorrida na quinta-feira, em Mina, perto de Meca, na Arábia Saudita.
Jubeir respondeu que Riade "iria dar conta dos factos à medida que eles sejam conhecidos".
"Nós não vamos dissimular nada. Se foram cometidos erros, quem os fez será responsabilizado", assegurou o chefe da diplomacia saudita.
Mas "quero repetir que este não é o momento para explorar a situação politicamente", insistiu ao lado de John Kerry, durante breves declarações aos jornalistas.
"Espero que os líderes iranianos sejam mais sensíveis para com os que pereceram nesta tragédia e aguardem os resultados da investigação", acrescentou.
As declarações do chefe de Estado iraniano surgem numa altura em que as relações entre o Irão e a Arábia Saudita estão particularmente tensas, sobretudo devido ao conflito no Iémen, e desde a conclusão de um acordo nuclear entre o Irão e as grandes potências.
Lusa/SOL