9º Portugal Masters | Martin Kaymer e Thomas Bjorn, heróis da Ryder Cup estão de volta

O antigo nº1 mundial e recente vice-campeão do Open de Itália e o presidente da Comissão de Campeonatos do European Tour no principal torneio português de golfe, de dois milhões de euros em prémios, em Vilamoura

Martin Kaymer pretende desforrar-se no Portugal Masters do sabor amargo com que saiu do Open de Itália há duas semanas, onde por pouco não conquistou o seu 12º título no European Tour.

O antigo nº1 mundial, de 30 anos, só perdeu em Milão no play-off com o sueco Rikard Karlberg.

O Portugal Masters é um dos seus torneios preferidos do ano e irá oferecer-lhe uma hipótese de remissão, quando o alemão encabeçar uma forte lista de inscritos que competirá no Oceânico Victoria Golf Course, de 15 a 18 de outubro, com o sempre apetecível Pro-Am a 14.

Será a sua sexta visita a Vilamoura e embora nunca tenha ganho o troféu do torneio de dois milhões de euros em prémios monetários, obteve um excelente 7º lugar (empatado) no ano de estreia, em 2007, quando a sua primeira volta de 61 pancadas fixou um novo recorde do campo. O jogador que possui residências em Mettmann (Alemanha) e Scottsdale (Arizona, nos Estados Unidos) acredita que o ambiente descontraído do Algarve tende a soltar o melhor de si.

«É um torneio muito bom – disse – e acho que deveria ser ainda mais reconhecido do que é. O campo de golfe é brilhante e quando o trabalho diário termina é muito agradável visitar a marina à noite. Tem tudo o que poderemos desejar num torneio».

«No Oceânico Victoria pode-se alcançar números baixos e é um campo bem divertido para se jogar, principalmente os últimos buracos. O 15 é um Par-4 bom para o drive, o 16 é um Par-3 traiçoeiro, o 17 é um Par-5 entusiasmante onde se pode fazer facilmente tanto um birdie como um bogey e no último é preciso ser-se corajoso para tentar fazer um birdie. É um final muito excitante, tanto para os jogadores como para os fãs», acrescentou.

A sua última aparição no mais importante torneio de golfe português data de 2013, quando integrou o grupo dos 13º classificados, no ano em que venceu o britânico David Lynn.

Desde então, o atual 12º classificado na Corrida para o Dubai do European Tour e 20º do ranking mundial duplicou a sua coleção de títulos do Grand Slam, ao conquistar o US Open de 2014, para juntar ao PGA Championship de 2010, integrou a seleção europeia que venceu a Ryder Cup no ano passado e venceu o PGA Grand Slam of Golf, também em 2014.

Foi um grande 2014, mas o seu último título em solo europeu foi o prestigiado Alfred Dunhill Links Championship em 2010 e na Europa Continental o jejum data desde o KLM Open, também em 2010.

«Nos últimos tempos, o meu jogo voltou a um estado de forma decente e só preciso de algumas afinações, principalmente no meu jogo curto», referiu o jogador que é conhecido pelo rigor com trabalha os detalhes técnicos.

«Foi isso que provavelmente me custou o título em Itália. É ótimo estar a competir de novo com mais regularidade na Europa, porque podemos visitar países diferentes e vivenciar culturas distintas. Quando estou nos Estados Unidos sinto a falta disso, pelo que é bom regressar a espero averbar rapidamente outra vitória», concluiu o alemão que foi 12º classificado nos dois últimos Majors, o British Open e o PGA Championship.

Martin Kaymer terá a companhia de Thomas Bjorn no Oceânico Victoria Golf Course, um jogador que bem conhece, pois foi o seu parceiro de pares nos fourballs na última Ryder Cup. 

Tal como Kaymer, Bjorn optou por não competir no Portugal Masters depois da estrondosa vitória da Europa em Gleneagles, na Escócia, mas o dinamarquês está satisfeito por retornar a um torneio que jogou sempre entre 2007 e 2013.

«No ano passado foi a primeira vez que faltei ao Portugal Masters. Isso, só por si, mostra como gosto do torneio. É um daqueles em que muitos dos jogadores querem estar todos os anos, porque é uma semana simpática e descontraída, porque é ótimo ter o hotel dentro do campo, porque nesta altura do ano o tempo costuma estar bem bom e porque o campo oferece habitualmente muitas oportunidades de birdie», elucidou o também presidente da Comissão de Campeonatos do European Tour.

«O meu registo na prova não é tão bom quanto eu gostaria, mas em 2013 fiz uma segunda volta de 63 pancadas, pelo que sei que posso atingir números baixos nesse campo. No ano passado faltei porque precisei de tirar algum tempo de folga depois da Ryder Cup, mas estou desejoso de voltar este ano», frisou o campeão de 15 títulos no European Tour, que é ainda o vencedor do último Open de Portugal, em 2010.

Para ver em ação no 9º Portugal Masters Bjorn e Kaymer, dois vencedores da última Ryder Cup, já é possível adquirir os bilhetes em www.tickets.europeantour.com.

 

Artigo escrito por Hugo Ribeiro ao abrigo da parceria entre a Federação Portuguesa de Golfe com o Jornal SOL.