No âmbito do dia internacional das pessoas idosas, dia 01 de outubro, o gabinete oficial de estatísticas da UE prevê que, dentro de 65 anos, uma em cada oito pessoas deverá ter 80 ou mais anos, destacando-se nestas projeções a Eslováquia, onde esses idosos deverão ter um peso de 16,3% no total da população.
Em 2080, Portugal deverá ter 15,8% de pessoas com 80 ou mais anos, seguindo-se a Alemanha (15,1%) e a Polónia (14,9%), enquanto do lado oposto deverão estar a Irlanda (7,4%), Lituânia (8,9%) e a Letónia (9,5%).
No ano passado, 18,5% dos habitantes na UE tinham 65 ou mais anos, uma percentagem que deverá subir até aos 30% em 2080, acrescentou o Eurostat.
As pessoas com 80 ou mais anos de idade deverão mais do que duplicar no período analisado, traduzindo uma subida de cerca de 05% em 2014 para 12,3% da população em 2080, lê-se na projeção do gabinete europeu, que sublinhou os efeitos destas alterações demográficas a nível da situação económica e da inclusão social dos idosos.
Os números da UE registaram que, em 2013, 18,2% dos idosos corriam o risco de pobreza ou exclusão social, com oito Estados-membros a mostrarem que as pessoas com 65 ou mais anos eram mais suscetíveis de viverem dificuldades do que os mais jovens, nomeadamente na Bulgária, Estónia, Eslovénia e Croácia.
Para assinalar o dia do idoso, o Eurostat divulgou os dados sobre a utilização de internet entre os mais velhos e registou que, em 2014, menos de metade (42%) dos habitantes entre os 65 e os 74 anos afirmaram-se internautas. Em Portugal, a percentagem de idosos internautas foi de 23%.
Os países com mais utilizadores eram a Dinamarca (84%), Luxemburgo (81%) e Suécia (78%), enquanto com menos idosos ligados à internet estavam a Roménia (10%), Bulgária (10%), Grécia (14%) e Chipre (16%).
A maioria dos utilizadores idosos serve-se da internet para enviar ou receber correio, procura informações sobre bens e serviços e para se informar sobre a atualidade.
Quase um quarto dos internautas idosos da UE utilizou, no ano passado, as redes sociais, em especial a Hungria (51%), Portugal (44%), Malta e Suécia (ambos com 43%). Menos participantes nas redes sociais estiveram as pessoas mais velhas na Alemanha (11%), República Checa (15%) e França (17%).
Lusa/SOL