É um pedido insólito, mas mais comum do que se pensa, com muitas seitas a usarem o esquema para fugir aos impostos, nomeadamente nos Estados Unidos. A decisão, sensata, do Conselho neo-zelandês deita por terra um pedido da Sociedade Jedi – criada por fãs dos filmes Guerra das Estrelas – feito em julho do ano passado.
“O jediismo engloba aspetos importantes da vida humana, está ligado à aplicação de um sistema espiritual na vida e pode ser integrado pelo público em geral e aplicado à comunidade”, reconheceu o Conselho de Registo de Associações de Caridade, com sede em Wellington. No entanto, “não está suficientemente estruturado, convincente ou sério para avançar para religião, nem para um desenvolvimento moral e espiritual de forma caritativa”.
Ainda assim, se ‘mantiverem a força dentro deles’, os jedis da Nova Zelândia ainda podem ter esperança. Isto porque a mesma entidade que rejeitou este pedido assume que “diversas religiões têm estatuto de organização de caridade e o jediismo, a seu tempo, pode desenvolver a estrutura necessária”.
Segundo a imprensa internacional, nas últimas décadas cresceu o número de apoiantes da criação de uma religião jedi. Em 2001, no seguimento de uma campanha informal, 53 mil neo-zelandeses indicaram no censo nacional do país que era essa a sua religião.
A Sociedade Jedi foi criada em abril do ano passado, três meses antes de fazer o pedido de isenção fiscal. Os objetivos dos seus membros, patentes no site oficial, passam por “formar e promover os jedis”; “promover o entendimento da Força”; “atingir reconhecimento e identificação legal como jedi”; “ser um guardião da paz”; e “manter vigilância eterna sobre os Sith”