A operação foi concretizada ontem entre a Minor Continental Portugal, uma subsidiária do grupo Minor International, e o Imosocial, um fundo de investimento imobiliário fechado.
No comunicado enviado hoje ao mercado, a Minor detalha que adquiriu o terreno bem como os ativos do hotel. E que a transação, realizada com recurso a empréstimo bancário, se inclui na «estratégia de expansão do portefólio hoteleiro» do grupo.
A companhia tailandesa passa assim a deter sete hotéis que pertenciam à Rioforte – a holding não-financeira do Grupo Espírito Santo (GES), que colapsou e que controlava os Tivoli – depois de em janeiro ter adquirido quatro imóveis em Portugal onde funcionam unidades hoteleiras da rede: Tivoli Lisboa, Marina Vilamoura, Marina Portimão e Carvoeiro. E de assumir outros dois no Brasil, o ecoresort da Praia do Forte e a exploração do Tivoli São Paulo Mofarrej, desembolsando 168 milhões de euros.
Em cima da mesa, e de acordo com o plano de recuperação apresentado pela administração para salvar os Tivoli, que entrou num Processo Especial de Revitalização (PER), está ainda uma oferta de 82,5 milhões de euros para ficar com os restantes sete ativos do grupo hoteleiro português. Nesse plano, já se previa a venda do Tivoli Oriente.
Mas o arresto de bens do GES, que abrangeu cinco hotéis Tivoli (Jardim, Sintra, Coimbra, Victoria e Lagos) e um diferendo com o Montepio no âmbito PER dos Tivoli tem atrasado a conclusão do processo, mesmo já tendo sido aceite pelos credores.
Ainda assim, tal como o SOL noticiou em agosto, a Minor espera poder concretizar a compra nos próximos meses. No relatório de resultados semestrais então divulgado, o grupo indicava que o negócio «deveria estar concluído até ao final do ano».
ana.serafim@sol.pt
