O impacto do resultado eleitoral no arranque dos mercados

O resultados das eleições em Portugal “vai estar patente” no arranque dos mercados esta semana, que será também marcada pela divulgação de alguns indicadores referentes à economia europeia e pelas atas da Reserva Federal norte-americana (Fed).

O impacto do resultado eleitoral no arranque dos mercados

Segunda-feira, amanhece com a divulgação do valor final do PMI serviços da zona euro, esperando-se uma ligeira desaceleração do ritmo de expansão da atividade terciária em setembro, à semelhança do revelado na semana passada para a indústria, conforme antecipou à Lusa o analista de ações do Millennium investment banking, Ramiro Loureiro.

No mesmo dia, o Sentix deve sinalizar uma degradação da confiança dos investidores em outubro. Estima-se também que as vendas a retalho na região da moeda única tenham registado um aumento homólogo de 1,7% em agosto. 

Noutras zonas do globo é interessante acompanhar a divulgação do ritmo de atividade nos serviços, nomeadamente, no Reino Unido (esperada aceleração), Brasil (onde se encontra em contração, dado de uma economia que enfrenta recessão) e Estados Unidos (esperado ligeiro ganho).

No dia seguinte, estima-se uma subida de 5,6% nas vendas a retalho na Alemanha e um agravamento do défice da balança comercial dos Estados Unidos em agosto. 

Na quarta-feira, os dados devem mostrar uma expansão de 3,3% na produção industrial na Alemanha em agosto. Já a balança comercial em França importa perceber o ritmo das exportações e das importações, numa economia que até tem dado alguns sinais interessantes – bom crescimento do PIB no 2º trimestre, aumento da confiança dos consumidores e aceleração do ritmo de atividade industrial em setembro – o que é relevante para o índice CAC, destaca o analista.

Há ainda, no mesmo dia, a produção industrial do Reino Unido e a evolução do crédito ao consumo nos Estados Unidos, que deverá dar sinais de um aumento de 18,5 mil milhões de dólares em agosto.

Na quinta-feira, o Banco de Inglaterra deve manter tudo na mesma, deixando a taxa de juro diretora inalterada nos 0,5%. Nos Estados Unidos, haverá a habitual divulgação dos dados de novos pedidos de subsídio de desemprego, "sendo que os holofotes estarão voltados para a divulgação das atas da última reunião da Fed".

Por fim, na sexta-feira, serão conhecidos dados da produção industrial em França (esperada expansão homóloga de 0,2% em agosto), Grécia e Itália, e da balança comercial no Reino Unido e em Portugal.

França e Alemanha realizam leilões de dívida.

Lusa/SOL