"Existe o risco de um abrandamento mais acentuado, se a gestão do fim do 'boom' no crédito e investimento, que durou entre 2009-12, for mais difícil do que se esperava", refere o FMI, num relatório intitulado "Aterragem Dura da China".
A instituição financeira dirigida por Christine Lagarde considera que as autoridades chinesas devem abrir mais a economia ao exterior.
Numa altura em que o país transita para um modelo com maior ênfase no consumo doméstico, o impacto do abrandamento económico tem tido efeitos em todo o mundo, sobretudo nos países exportadores de matérias-primas.
Em Angola, por exemplo, a venda de petróleo à China desceu 51,6%, para quase 7,5 mil milhões de euros, nos primeiros seis meses deste ano.
O FMI diz que a tarefa para a liderança chinesa, que tenta uma transição suave, "não é fácil", referindo o aumento do crédito e investimento, numa altura em que o país quer atribuir ao mercado um papel decisivo na alocação de recursos.
Principal motor da recuperação global desde a crise financeira de 2008, a economia da China tem vindo a abrandar, apesar das medidas de estímulo do Governo, que desde novembro do ano passado cortou as taxas de juro por cinco vezes.
Lusa/SOL