Os destaques do cartaz passam por Gabriel, O Pensador (Brasil), Valete (São Tomé e Príncipe), Boss AC e Jimmy P (Portugal). O festival promete pelo menos quatro horas de rimas, batidas e mixes, contando também com os rappers e hip-hoppers Dealema, W- Magic, Puro L, Jackpot BCV, Sacik Brow (Portugal), Allen Halloween (Guiné-Bissau), General D, Iveth Mc, Rage (Moçambique), Chullage (Cabo Verde), Fernandinho Beat Box (Brasil), bem como Z Low DZ (Timor-Leste) e Adjioguening (Guiné Equatorial).
Integrado no plano de cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, contemplado pelos Governos dos Estados-membros, o festival cria uma oportunidade de os artistas se “conhecerem e aprofundarem os laços que os unem”. Pretende-se assim, segundo o comunicado de imprensa, “valorizar de forma unificada a cultura dos países membros da CPLP”.
“É raro existir um concerto apenas de hip-hop com um cartaz tão composto. Este festival é muito importante porque somos 300 milhões de falantes da língua portuguesa em todo mundo e ainda existe uma barreira quase intransponível entre estes países. É um bom incentivo ao intercâmbio de artistas lusófonos”, disse ao SOL o rapper angolano Bob da Rage Sense.
Valete partilha esta ideia: “Este tipo de eventos é muito importante para mantermos o contacto com os artistas da lusofonia, cuja cultura vemos a emergir”, contou o rapper português filho de são-tomenses.
Consciencializar através da música
Segundo a organização, o festival tem como objectivo afirmar-se como um “motivador da auto-estima dos jovens”, de forma a que participem ativamente no processo de desenvolvimento económico e social destes países, revelando-se também um contributo para a consciencialização do combate à delinquência juvenil, tráfico humano e outras preocupações como o vírus da sida.
A primeira edição realizou-se no luandense Estádio da Cidadela, em 2011, e teve uma assistência de cerca de 20 mil pessoas.