"Há já muitos meses disso ao próprio senhor Ecclestone que não posso vender bilhetes para um produto de m….. Penso que é criminoso quando chegámos a este estado em que as corridas são um produto impossível de vender", disse Patrick Allen ao The Independent, explicando que informou Bernie Ecclestone, o patrão da Fórmula 1, do problema que tem nas mãos.
É cada vez mais difícil atrair as pessoas para as corridas, hoje em dia influenciadas pelo 'poder' da tecnologia.
"Disse-lhe que as pessoas não querem vir aos circuitos para verem uns tipo a olhar para ecrãs com dados e informações. Os fãs querem ver gladiadores a correr e a lutar em batalhas justas, honestas. Ninguém quer ouvir ordens para os pilotos levantarem o pé, ou 'não vamos conseguir apanhar o tipo da frente, por isso contenta-te com o segundo lugar'. Quanto tempo falta para que o diretor técnico ocupe o lugar mais alto, em vez do piloto?", acrescentou.
O contraste entre a F1 a o MotoGP é por demais evidente.
"Estou por dentro da F1 e cheguei a pilotar motos. Se compararmos a F1 ao MotoGP, vemos que eles alternam na liderança das corridas sucessivamente e que há pelo menos três ou quatro pilotos com capacidade de conseguir um bom resultado. Na minha opinião devíamos de voltar a ter corridas sem paragens. Os pilotos entravam em pista com os tanques de combustível cheios e ficavam por sua conta, sem poderem comunicar, a não ser pelo 'pit board'", sublinhou.