Esta prenda que inicialmente não a deixou nada entusiasmada, acabou por transformar-se numa agradável surpresa. Experimentou os tacos e ficou logo agarrada ao jogo.
O seu atual handycap (13) deve-se ao “jeito”, à “persistência”, e ao companheiro de jogo que é também o seu marido. “Nunca tive muitas aulas, ensinaram-me a pega, a posição dos pés e pouco mais, e se eu treinasse muito no driving range decididamente hoje não jogava”, revela. Acompanhava o marido no campo. “Ele já levantava bem a bola e eu ia ao lado dele a ‘jogar hóquei’, umas vezes levantava a bola, outras não. Enquanto isso aproveitava para apreciar as paisagens”.
Passaram-se vinte anos desde o início da sua história no golfe. Alexandra evoluiu no jogo e diz-se uma “uma mulher de sorte”. Já conseguiu fazer três hole in one, um deles em torneio. “É uma pancada de sorte, porque há pessoas que passam uma vida inteira sem fazer um hole in one e eu já fiz três”, diz entusiasmada.
Ao lado de Peter Mitchel, num PRO-AM, Alexandra Gouveia fez história, pontuando com – 19. “Foi um dia inesquecível, muito divertido, em que tudo corria bem, fazíamos puts de cinco metros, tirávamos bolas do bunker e todas entravam direitinhas no buraco”.
O sorriso, e o entusiasmo de Alexandra não enganam. É uma apaixonada pelo golfe. Mas é também uma mulher de objetivos, de metas, exigente consigo própria, encarando o golfe como uma lição de vida.
“Sou perfecionista, acho que tem que correr tudo muito bem, não para os outros mas para mim própria e quando acabo um jogo, ainda que tenha feito um bom resultado, acho que poderia ter feito melhor”. Para esta desportista o golfe é um jogo desafiante, de objetivos, de estratégia. Um dos objetivos é tentar superar-se, bater-se a si próprio e contra o campo, e para isso é necessária a “persistência”. Uma característica que considera ser positiva.
O golfe “ensina-nos a ser humildes” porque “nunca sabemos bem as coisas, e quando achamos que sabemos vêm as ‘crises de golfe’. Mudamos apenas um pouco a posição das mãos e fica tudo estragado, parece que já não sabemos fazer nada. É aí que temos que ser persistentes”.
Para Alexandra Gouveia, o golfe dá outra lição: aprender a lidar com as próprias imperfeições, limitações, com o não correr bem, sempre com ‘fairplay’. “Mesmo que estejamos aborrecidos, frustrados connosco próprios, não temos que transmitir isso para os outros, algo que nem sempre acontece em todas as modalidades”.
“O golfe é uma lição de vida. Saber ganhar e saber perder com fair play é muito importante. Na vida não ganhamos sempre e não perdemos sempre. Quando perdemos, temos que voltar a tentar”.
Name: Alexandra Gouveia
Handycap: 13.1
Candidate: Longest drive
Trophies: Some
Favorite club: Drive
Best shot: Hole in One in a tournment
Worst Shot: O drive que não ganhei
Secret: Uso um drive de senhor
Artigo escrito por Sara Moura ao abrigo da parceria entre a Revista GOLFE Portugal & Islands com o Jornal SOL.