De todos os transportes, só metropolitano perde passageiros

O volume de passageiros nos aviões registou aumentos no segundo trimestre deste ano, tal como aconteceu nos comboios e nos barcos que asseguram ligações fluviais, revelam dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já as redes de metropolitano perderam utentes entre abril e junho.

De acordo com o INE, nesse período passaram pelos aeroportos nacionais 10,8 milhões de passageiros, correspondendo a um acréscimo de 10,1% quando comparado com o mesmo trimestre de 2014.

"À semelhança do trimestre anterior, foi o aeroporto de Ponta Delgada que mais aumentou o movimento de passageiros: +33,9%. Recorde-se que houve aumento na oferta de transporte com as novas companhias a operar neste aeroporto", destaca o instituto. No final de março, as companhias de baixo custo Ryanair e Easyjet começaram a voar para São Miguel.

Quanto aos outros aeroportos, o mesmo indicador subiu 16,5% no Porto, 10,6% em Lisboa, 2,8% em Faro e 1,7% no Funchal.

Relativamente ao transporte ferroviário, no segundo trimestre, somou 32,9 milhões de deslocações, ou seja, mais 1,9% do que no mesmo trimestre de 2014. E ligeiramente acima da subida de 1,8% verificada nos primeiros três meses deste ano.

Também as travessias fluviais, onde pesam sobretudo as ligações no Rio Tejo, subiram 1,2% em passageiros, transportando 4,5 milhões de utilizadores.

Ao contrário, o Metropolitano – que contabiliza a operação de Lisboa, Porto e Metro Sul do Tejo – evidenciou um decréscimo ligeiro de 0,7% no número de utentes entre abril e junho últimos face ao mesmo período de 2014. E contrariou a tendência de subida que houve no primeiro trimestre deste ano e que foi de 1,6%.

"A diminuição do número de passageiros ocorreu unicamente no mês de maio (-7,0%), sendo que em abril e em junho as variações foram positivas (+5,1% e +0,6%, respetivamente)", detalha o INE.

Relativamente ao transporte de mercadorias, houve acrescimentos face ao mesmo período de 2014 nos portos nacionais (+12,3% nas toneladas de mercadorias movimentadas), no transporte ferroviário (+14,4%) e em veículos rodoviários pesados de matrícula portuguesa (+2%). Só o total de carga e correio movimentado por via aérea teve quebras (-0,8%), numa variação negativa que surge após cinco trimestres consecutivos de aumentos.