O slogan de campanha de Zoltan Istvan é 'matar a morte'
Nem republicanos, nem democratas. Ou seja, nem supressão de impostos e abandono dos serviços públicos, nem controlo dos mercados e aposta no coletivo. O que Zoltan Istvan, californiano de nascimento, 42 anos, promete é a vida eterna aos norte-americanos.
Istvan é a coqueluche dos media internacionais, mas por um efeito fait-divers. Apresenta-se como um pensador transhumanista, ou seja, e explicando de uma maneira simples, advoga a ideia de superação dos limites humanos através da tecnologia ou de métodos terapêuticos que aumentem a longevidade. Esta escola de pensamento, que não segue uma linha exclusiva ou um mentor ou guru específico, foi iniciada há cerca de 20 anos na Califórnia por investigadores e empresários ligados às áreas da genética e da alta tecnologia.
O candidato, que não se apresenta à corrida nas primárias por nenhuma das principais forças políticas do seu país, mas pelo Partido Transhumanista (que fundou em finais de 2014), propõe algo que se pode resumir a um slogan muito simples: matar a morte. A campanha deve começar nos próximos dias, com uma visita a um depósito de cadáveres conservados em criogénio ou a participação numa convenção tecnológica transhumana. Istvan leva a mensagem à letra e inscreve-a no próprio corpo: chegou a instalar um implante eletrónico na mão durante um ato de campanha.
Na altura, disse ao site Huffington Post que planeia “ultrapassar a barreira da morte humana nos próximos 15 a 20 anos” e encorajar os norte-americanos a aderirem a uma forma “radical” de ciência e de tecnologia para banir a morte do léxico. Absurdo? Talvez não, observam os especialistas norte-americanos, pois há quem diga, nesta campanha, que quer construir um muro ao longo da fronteira do México pago pelos próprios mexicanos…