Henriette Reker, que ainda está a recuperar no hospital depois de ter sido operada de urgência na noite passada, obteve 51% dos votos, tendo em conta apenas o apuramento dos votos em 750 secções das 1.024 que existem na cidade, a quarta maior da Alemanha, com 800.000 eleitores.
As eleições municipais em Colónia realizaram-se um dia depois de a candidata ter sido esfaqueada no pescoço por um homem de 44 anos, desempregado e com passaporte alemão, que disse ter atuado por xenofobia.
O agressor apresentou-se hoje ao juiz de instrução sob a acusação de tentativa de homicídio e ofensas graves à integridade física de outras quatro pessoa, entre acompanhantes da candidata e cidadãos que se encontravam no local do ataque.
Segundo o semanário alemão 'Der Spiegel', o atacante participou num grupo neonazi nos anos 1990.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e representantes das diferentes forças políticas eleitas no parlamento alemão, expressaram o seu espanto perante o ataque, com o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziére, a considerar que reflete a crescente crispação no país face ao acolhimento de refugiados.
Henriette Reker, que partia como favorita para a eleição, distinguiu-se durante campanha eleitoral ao defender a necessidade de integrar aqueles que requerem asilo.
A incessante chegada de refugiados – este ano a Alemanha deve receber entre 800.000 e um milhão de requerentes de asilo – tem dividido o país, sendo que a própria chanceler alemã tem sido pressionada pelas fileiras mais conservadoras do seu partido (CDU — União Democrata Cristã) para conter a chegada de refugiados.
Lusa/SOL