O presidente da Comissão Eleitoral da FIFA, Domenico Scala, explicou ainda ao Comité Executivo que o órgão que lidera "decidirá, em função da altura exata [em que a suspensão deixar de produzir efeito], como procederá relativamente à candidatura" de Platini às eleições de 26 de fevereiro de 2016.
"As candidaturas presidenciais submetidas em tempo devido, mas que se referem a candidatos que estão sujeitos a suspensões (provisórias ou definitivas) não serão analisadas (…) enquanto vigorar essa suspensão", esclareceu Scala.
O dirigente francês foi suspenso por 90 dias pelo Comité de Ética da FIFA a 08 de outubro, tal como o presidente e o secretário-geral do organismo regulador do futebol mundial, o suíço Joseph Blatter e o francês Jérôme Valcke, respetivamente, por implicação no escândalo de corrupção que atingiu a instituição.
Na base das suspensões decididas pelo Comité de Ética estão os inquéritos que decorrem no próprio órgão da FIFA, ainda que vários outros responsáveis do organismo mundial estejam também a ser investigados pelas autoridades suíças e norte-americanas.
A 25 de setembro, o Ministério Público suíço instaurou um processo criminal a Blatter, que foi interrogado na qualidade de arguido, por suspeita de gestão danosa, apropriação indevida de fundos e abuso de confiança.
Platini foi ouvido na qualidade de testemunha e acabou por ser implicado no processo, por ter recebido de Blatter um pagamento ilegal, feito "em prejuízo da FIFA", no valor de dois milhões de francos suíços (perto de 1,8 milhões de euros).
A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Blatter, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, que foram marcadas para 26 de fevereiro de 2016.
Lusa/SOL