Na missiva dirigida aos vizinhos, Catarina Figueiredo agradece com ironia “a preocupação e o gesto de cidadania” às pessoas que ligaram à polícia incomodadas com o choro da filha de dois meses. “Mas como decerto sabem, eles não têm um botão de desligar”, prossegue a mãe, sublinhando que nem a polícia que lhe bateu à porta depois da meia-noite conseguiu “parar as dores” das cólicas da filha.
Nuno Markl, “na qualidade de pessoa que já passou pelo mesmo há uns anos – polícia à porta de madrugada, enviada por vizinhos furiosos, devido ao crime de choro de bebé” manifestou o apoio a este casal num post no Facebook. “Não, quando se tem um bebé com cólicas, não se pode fazer mais do que tudo o que se possa fazer – e, muitas vezes, tudo não funciona”.
“Agora a sério: o que esperam pessoas que chamam a polícia numa situação destas? Que prendam o bebé? Os pais? Que disparem dardos tranquilizantes contra o garoto? Ou uma multa choruda numa de "toma que é para aprenderes a não procriar outra vez"?”, escreveu Markl.